quarta-feira, 24 de março de 2010

Igualdae e Desigualdade

Ao falarmos de diferença, falamos de desigualdades, mas devemos ter cautela, pois esses dois termos são diferentes. Para Barbieri (2007, p. 173), “A desigualdade implica inferioridade de uma pessoa em relação à outra e caracteriza-se pela ausência de reconhecimento dos direitos do outro e de respeito recíproco. A desigualdade e igualdade têm, de um lado, uma conotação política e social. Por isso, nessas perspectivas, o contrário de igual, não é diferente, mas desigual.”

É comum vermos pessoas e até mesmo professores, tratarem esses termos como sinônimos isso pode implicar até no trabalho pedagógico em sala de aula. Barros, (2005) faz uma discussão bastante interessante sobre igualdade e desigualdade e destaca que esses dois conceitos entre duas pessoas iguais se dá por mais privilégios ou restrições a um e a outro. Desigualdade entre homem e mulher no que se refere as oportunidade de trabalho, está ligado a desigualdade entre o sexo. O mesmo autor diz que “desigualdade e diferença não são noções necessariamente interdependentes, embora possam conservar relações bem definidas no interior de determinados sistemas sociais e políticos”.
Já a respeito da inclusão, vejo que a escola tem um papel muito importante. Os professores não podem fugir deste trabalho pensando que incluir algo impossível, ou pensar que como algumas escolas ou redes de ensino não oferecem condições adequadas para realizar um trabalho efetivo de inclusão, não podem fazer algo a esse respeito.

Segundo Cavalcante (2005) inclusão

“É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.”

Quando os professores trabalham a inclusão, tem a oportunidade de viver uma grande experiência e obter grandes aprendizados. O trabalho com alunos desde a educação infantil até o ensino médio, pautado em respeito e valorização de colegas com algum tipo de deficiência facilita a superação do preconceito. O maior ganho da educação inclusiva é o de garantir que todos tenham direito à educação seja o aluno portador de deficiência, rico, pobre sem distinção de crença, raça ou cor.

Sejam as escolas públicas ou privadas é de grande importância discutir este tema, que se justifica pelo fato de que, para os deficientes, ainda hoje a inclusão não é uma realidade em todas as escolas.

Bibliografia

-BARBIERI, Estela M. A Interpretação ativa na Economia Solidária. In Economia Solidária e autogestão: encontros internacionais – vol 2. Melo, Sígolo e Barbieri (orgs.) São Paulo: NESOL-USP-ITCP-USP, 2007.

- Barros, José d’Assunção. Igualdade, desigualdade e diferença: em torno de três noções. Análise Social, vol. XL (175), 2005, 345-366. Disponível em http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aso/n175/n175a05.pdf. Acessado em 16-08-2009.



-Cavalcante, Meire. Inclusão Promove a Justiça. Revista Nova Escola, Ed. Abril, 2005. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml. Acessado em 16-08-2009.

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